No dia nove de março de 2014, a banda fronteiriça Surfistas de Trem, participou do Projeto MS Canta Brasil, no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande/MS. A banda abriu o show do ícone do rock nacional, Humberto Gessinger, e tocou para um público estimado de 40 mil pessoas.
(ZEN)
Blog do vocalista da banda fronteiriça Surfistas de Trem.
ZEN Surf. de Trem !!! Em ondas de viagens e informação ...
Zen surf de trem é um blog/coluna, que aborda de maneira jovial e sem compromisso, a realidade de um lugar diferente, os pensamentos de um sonhador e as informações de uma banda que luta em busca divulgar o seu som e sua ideologia . Um blog onde o debate é a palavra de ordem, do social a ufologia, sempre respeitando a opinião do próximo. Publicado em diversos jornais e sites do Mato Grosso do Sul.
terça-feira, 22 de abril de 2014
Aeroína - Surfistas de Trem (ao vivo no MS Canta Brasil - Campo Grande/MS)
No dia nove de março de 2014, a banda fronteiriça Surfistas de Trem, participou do Projeto MS Canta Brasil, no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande/MS. A banda abriu o show do ícone do rock nacional, Humberto Gessinger, e tocou para um público estimado de 40 mil pessoas.
Marcadores:
aeroina,
humberto gessinger,
ms canta brasil,
surfdetrem
sábado, 15 de março de 2014
Quanto vale a sua ideologia ??? O retrato deprimente de um falso rei.
Salve salve galera do mundo. Hoje após algum tempo de pausa nas publicações do blog, resolvi compartilhar mais uma vez um pouco de minhas "viagens" e pensamentos, como tenho feito a tantos anos. Antes de mais nada, gostaria de agradecer a todos que curtem o blog, e a maneira simples e sem pretensão que escrevo. Quando criei o blog, em 2008, seria apenas uma ferramenta de distração, e foi principalmente com ele, que me dei conta o quão é importante a exposição de nossas idéias, ainda que muitas vezes imatura, afinal, também aprendemos com os erros.
Diferente das composições, algo que eu já realizava desde muito novo, a elaboração de textos associada com a vontade de expressar meus sentimentos e pensamentos compartilhando-as com mais pessoas, era uma nova paixão que logo me transformou drasticamente. Passei a refletir mais, ter mais calma nas afirmações, e diminui muito meu preconceito acerca de todas as coisas. Passei de um bom leitor para um leitor voraz, evolui de um compositor/letrista para um escritor em plena atividade. De lá pra cá o blog ganhou um bom número de visualizações mensais e eu ganhei a oportunidade de publicar meus textos em jornais, sites e outros veículos que comunicação, de conhecer gente importante do jornalismo, e descobrir que muita gente aprecia o que eu escrevo. Consegui gerar debates e despertar contestações, com alguns textos, e com isso, ganhei aquele velho apelido de "POLÊMICO", dado principalmente a quem não tem medo de expor sua opinião, ainda que outrora precise se retratar, como tive que fazer algumas vezes. Mas tudo bem, ainda acredito que aprendemos muito mais com os erros.
Diante de tantas experiências e mudanças, a que considero a maior e mais brilhante que aconteceu comigo desde que eu passei a me dedicar a escrita, foi o amadurecimento de minha própria ideologia. Talvez pelo fato de ter lido algumas obras magmas, que são transformadoras para qualquer jovem, ou talvez pelo simples fato do passar do tempo, que amadurece as pessoas, aquele time que cada um tem o seu. As vezes me pego a analisar, como existem pessoas que são tão jovens de idade e maduras nas atitudes e pensamentos, e outras que são totalmente ao contrário disso. Na certa um belo exemplo de paradoxo. Mas vejo que dia após dia com as constantes mudanças que sofremos com a globalização consumista, o ser humano tem se tornado o próprio paradoxo. E o que se era hoje, amanhã já não precisa ser, desde que se pague um preço por isso. Sei que o poder do capital domina e controla tudo, porém o que temos hoje é uma situação no mínimo interessante para se refletir. Não contentes em ditar as regras do nosso consumo, e influenciar diretamente na formação de nossa própria ideologia, agora querem ter que o capital a transforme a qualquer momento. Querem comprar as nossas idéias.
Sei que muito já se falou, e muitos já criticaram o nosso Rei Roberto Carlos, desde que ele apareceu fingindo comer carne pela FRIBOI, mas esse é o maior exemplo de compra de ideologia do momento.
O fato não é o rei da Globo ter voltado a comer carne ou não, afinal todo mundo pode mudar de opinião e rever seus conceitos. A questão primordial é que além dele não ter voltado a comer carne, continuando a ser o vegetariano xiita que sempre foi, vendeu a sua imagem a algo que ele denomina errado, ou melhor algo que ele abomina. Prestando um papel de falso, com o único intuito de receber um cachê estratosférico. Resumindo, trocou a sua ideologia, aquilo que segue e que acha certo, por uma grande quantia em dinheiro, como se ele precisasse. Sei que muitos podem pensar, que não sou ninguém para juga-lo, alguns mais alienados pensam, é mais se fosse você, você teria feito o mesmo. E com esse tipo de pensamento, nosso país fica mais corrupto a cada dia, e nossos reis mais decadentes.
Sempre fui fã do Roberto Carlos, e minha vó dona Ecy que não descubra a crítica que estou fazendo a ele, pois na certa é uma de suas maiores fãs que já conheci, possuindo uma coleção extensa de discos do pseudo Rei. Brincadeiras a parte e analisando o papel social e cultural que ele se prestou a fazer é no mínimo deprimente. Aliás deprimente seria uma boa palavra para definir o seu trabalho nos últimos tempos, se tornando um fantoche da Globo.
Eu gostaria muito de saber quanto pagaram para ele vender a sua ideologia, gostaria de saber também de ele não se arrependeu, afinal não creio que ele seja um cara do mal. É não se fazem mais reis como antigamente. Estou preocupado, pois não acreditava que o dinheiro pudesse comprar tudo, sempre tive aquele sonho comuna, de um mundo melhor, de não valorização material, mas e agora, o capital está comprando até o abstrato! Obrigado Roberto por contribuir por um mundo mais falso, menos ideológico e muito mais muitos mais materialista. Ah, e bom apetite !!!
(*)Texto de João Caetano, Idealizador e vocalista da
banda Surfistas de Trem, Ufólogo, graduado em Ciências Econômicas pela UEMS,
especialista em Metodologia e Didática do Ensino Superior pelas Faculdades
Magsul, membro do Conselho Municipal de Cultura em Ponta Porã, docente nas disciplinas
de História Regional e Sociologia, além
de, fronteiriço nato de alma guarani.
Marcadores:
friboi,
ideologia,
ponta porã,
roberto carlos
segunda-feira, 3 de março de 2014
O que é a banda Surfistas de Trem ???
Ao sul do antigo Mato Grosso, na fronteira invisível que separa o Brasil e o Paraguai, a poucos metros da antiga estação do saudoso
Trem do Tereré, surgiu em fevereiro de 2008, em Ponta Porã/MS (Princesinha dos
Ervais), à banda fronteiriça Surfistas de Trem.
Com intenção de fazer a sua própria música, levou para
suas canções autorais a forte influência sócio-cultural e as peculiaridades
impares dessa região tão diferente de nosso país. Mergulhando fundo na exaltação
a cultura fronteiriça e toda a sua miscigenação, criaram uma música ao qual
batizam de Moderna Música da Fronteira, onde através das variadas influências
musicais dos integrantes da banda, conseguiram fazer um som autêntico e
inovador.
Assim como na fronteira, miscigenação é a palavra de
ordem no estilo musical da banda. Que além da veia forte da Soul Music,
passeiam pelo rock, reggae e samba-rock, cantando e exaltando a fronteira
invisível e seu cotidiano, além dos grandes nomes da moderna música do MS. A resposta é rápida quando questionados qual o
estilo musical da banda? Samba Reggae and Roll!
É assim, de maneira mais do que diferente que definem o seu estilo
musical.
Com este regionalismo moderno, a banda pouco a pouco
conquista cada vez mais um público fiel e cativo, que já ultrapassa as
fronteiras do estado de Mato Grosso do Sul. Duas vezes destaque nacional no
maior site de música independente do Brasil, o Palco MP3, a banda também
acumula diversas participações em festivais e projetos culturais, sendo
destacados: Festival da Primavera (Tv Morena), Festival América do Sul (FCMS),
Som da Concha (FCMS), Cenasom (FCMS), Som da Fronteira (Fundac/Ponta Porã),
Festival Alma y Joven (Dpto de Amambay – PAR), Celebração (UFGD) e Estúdio 104
(Tv Brasil Pantanal).
Com uma boa bagagem musical, amadurecimento das
canções e idéias da banda e ainda dois CDs Demonstração já lançados, os
Surfistas de Trem se preparam para lançamento de seu primeiro álbum profissional.
Intitulado como Moderna Música da Fronteira, o álbum conta com o apoio do
FIC/MS (Fundo de Investimento Cultural), e com a produção musical de Alex
Cavalheri, tendo lançamento previsto para o segundo semestre de 2014. A banda
conta com a mesma formação desde 2010, quando iniciaram o projeto autoral,
tendo como integrantes os amigos de longa data: João Caetano (vocal), Renan
Dorta (baixo), Cleyto Vieira (guitarra), Alexandre Parra (guitarra) e George
Parah (percussão e bateria). Que buscam em cada show realizado mostrar
existência de vida inteligente na fronteira do refrescante e saboroso tereré!
domingo, 7 de abril de 2013
Cem anos da Princesinha dos Ervais.
São mais de cem anos, desde que Thomas de Laranjeira começou a mascatear por essas bandas. No aniversário do centenário da nossa terra, estivemos fazendo uma pequena participação na série de reportagens especiais sobre a "frontera", na TV Morena, afiliada da Rede Globo. Amo essa terra, e o que realmente quero, é contribuir para que nossa fronteira se torne um local nacionalmente reconhecido pela sua intensa miscigenação, e não pelos fatos ruins que geralmente são associados a nossa terra. Neste ano os Surfistas de Trem, farão um show especial em Campo Grande, no aniversário de Ponta Porã, mais uma maneira de homenagear nossa terra. Abaixo trecho de nossa participação na série especial em homenagem a fronteira.
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
Fronteira Alternativa, nadando contra a corrente e fazendo a diferença.
Se
o Mato Grosso do Sul, tem sido representado nacionalmente e
internacionalmente pelos artistas do “novo sertanejo”, ou
sertanejo universitário, a fronteira invisível entre o Brasil e o
Paraguai, mais especificamente Ponta Porã e Pedro Juan Caballero,
com toda certeza, está literalmente como dizia Cazuza, “nadando
contra corrente”.
Com
a produção autoral das bandas e artistas do segmento alternativo,
se solidificando cada vez mais, a “fronteira dos hervais” vem
mostrando que dispõe de artistas com muito talento, e que dia após
dia vem ganhando espaço e reconhecimento do público e da crítica
no estado de Mato Grosso do Sul.
Com
bandas como Retorno Comum, X Drive, Atos Falhos, Tokomadera, Nova
Sociedade e Surfistas de Trem, a fronteira vem se solidificando cada
vez mais como um celeiro da música alternativa no MS, seja no hard
core, reggae, pop, samba rock ou rock and roll, a produção autoral
se torna cada vez mais frequente entre o segmento.
Uma
prova disto é a participação maciça da chamada “moderna música
da fronteira”, no 4º Kit de Difusão Musical, que será lançado
pela Fundação de Cultura do MS (FCMS), no Centro de Convenções
Rubens Gil de Camillo, em Campo Grande no próximo dia 11 de
dezembro.
O
projeto visa divulgar a nova produção autoral do estado, para todo
o Brasil, nos diferentes segmentos musicais. No Kit de Difusão
Musical 2011, pela primeira vez, o projeto recebeu a participação
de um artista da fronteira, a banda Surfistas de Trem, que neste ano
além de participar novamente do projeto, abriu caminho para mais
dois representantes fronteiriços do segmento alternativo, Retorno
Comum e Atos Falhos, solidificando cada vez mais a nova fase da
música autoral que a “fronteira invisível” tem passado.
O
que tem crescido, tende a crescer ainda mais, com o lançamento de
materiais inéditos autorais das bandas em Ponta Porã e Pedro Juan
Caballero.
É
sob essa tendência de crescimento e fortalecimento da música
autoral alternativa da fronteira, é que acontece neste sábado, em
clima de total harmonia a 5ª Edição do Rock Gol, evento realizado
anualmente, pelo diretor de cultura municipal e radialista (Sábado
Alternativo – 96,6), Éder Rubens. O evento é uma forma de
confraternização entre os artistas locais do segmento alternativo,
que participam de um acirrado campeonato entre as bandas e amigos,
onde a habilidade quase sempre fica em segundo plano. O evento
acontece, a partir das 16 horas, no campo sintético do Show de Bola
Futebol Society e será aberto para toda a comunidade, em especial
aqueles curtem a boa música e apoiam aqueles que continuam nadando
contra a corrente, mas pouco a pouco colhem os frutos da sua
originalidade.
João
Caetano - Músico/Compositor,
líder
da banda Surfistas de Trem,
Economista
e colaborador do JR.
Comente,
critique, opine !!!
Não
se cale, pois quem cala consente.
E-mail:
surfdetrem@yahoo.com.br
Você acredita na Ufologia?
Entre
muitas previsões apocalípticas que já permearam a história da
humanidade, a do calendário Maia, que prevê o final dos tempos para
o dia 21 de dezembro deste ano, é a mais recente. Ainda que grande
parte do mundo desdenhe de qualquer tipo “Armagedon”,
pelo grande número de falsas previsões que já ocorreram, muitos
ainda tem um certo receio de tudo isso, mas é necessário
compreender que muitas vezes as informações que se tem sobre esses
assuntos, são distorcidas ou manipuladas.
Entre
essas informações manipuladas ou distorcidas, estão grande parte
das informações que acercam os estudos ufológicos, não somente no
Brasil, como em todo mundo. O termo ufologia é uma adaptação do
neologismo inglês ufology,
e que significa estudo de objetos voadores não identificados. Uma
vez que a sigla UFO (Unidentified
Fly Object)
foi traduzida para o português como OVNI (Objeto Voador Não
Identificado), e alguns países de língua portuguesa empregam
ovniologia. A adaptação do inglês, contudo, é amplamente
conhecida e aceita pelo público e pesquisadores brasileiros.
Porém,
a admissão da ufologia como campo legítimo de estudo sofre grande
resistência. Parte dela é justificada pelo charlatanismo ou
desorganização teórica de alguns grupos ou indivíduos, mas uma
parcela importante advém do dogmatismo e da desinformação pública
sobre cientificidade, perpetuados pela postura parcial do
conhecimento estabelecido, que desconsidera vários argumentos usados
para desqualificar a ufologia quando trata de outras áreas do
conhecimento. No Brasil, essas características são observáveis
mesmo em trabalhos que pretendem ter como foco a divulgação
científica.
Talvez
por medo de criar um pânico geral na população, as autoridades
governamentais, acabam por omitir informações sobre os relatos
ufológicos brasileiros e mundiais, o que dificulta os ufólogos a
identificarem, compreenderem e buscar explicação para fatos
considerados anormais para grande parte do mundo.
No Brasil,
diversos casos foram omitidos ou postergados pelo governo, e enquanto
estamos em casa, acreditando que ets existem somente nos filmes de
Hollywood, eles podem estar mais perto do que imaginamos. Entre os
casos ufológicos brasileiros, que por sinal não são poucos, alguns
merecem destaques especiais. Como o caso das "Máscaras de
Chumbo", que ocorreu durante as semanas que seguiram ao dia 20
de agosto de 1966, em Niterói – RJ, o caso Villas Boas em 1958, na
zona rural de São Francisco de Sales – MG e o caso Varginha, que
ocorreu também em Minas Gerais na cidade de Varginha, em 1996, este
último ficou mundialmente famoso com destaque especial da imprensa
mundial. Em Varginha diversas pessoas em um determinado espaço de
tempo, relataram ter visto Discos-Voadores e UBEs (Unidade Biológica
Extraterrestre), sempre numa mesma região da cidade, e o que todos
esses casos tem em comum? Todos foram omitidos ou postergados pelo
governo brasileiro. No caso Varginha, que é o mais recente, ufólogos
afirmam que o exército brasileiro, capturou dois seres
extraterrestres, um sem vida e outro com, e enviou para a Unicamp,
para logo em seguida encaminharem para pesquisadores americanos da
NASA.
Porém
uma luz no fim do túnel para os estudos ufológicos tem sido acesa,
pouco a pouco o governo brasileiro tem liberado documentos que até
então eram secretos para os estudiosos sobre o assunto, o que
facilitará os estudos e de uma vez por toda acabará com o estigma
de haver ou não vida extraterrestre, essa política de liberação
de documentos sigilosos tem acontecido não somente no Brasil, mas em
diversos países onde a comunidade ufológica tem mais expressão,
como nos Estados Unidos, França e Alemanha. Bem, se realmente isso
ocorrer de maneira verdadeira, clara e objetiva em breve teremos
avanços significativos para toda a humanidade.
João Caetano - Músico/Compositor,
líder
da banda Surfistas de Trem,
Economista
e colaborador do JR.
Comente,
critique, opine !!!
Não
se cale, pois quem cala consente.
E-mail:
surfdetrem@yahoo.com.br
sexta-feira, 23 de novembro de 2012
Pelo preço ou pelo povo?
Passada
uma semana de uma das maiores festas da fronteira, o Motorcycle,
balanços gerais começam a serem realizados, não somente pela
organização, mas também pela população fronteiriça, brasileiros
e paraguaios.
Que
o Motorcycle, é uma grande festa e um dos maiores encontros de
motociclistas do país, todo mundo já sabe! Que trás benefícios
para o comércio, com o recebimento de milhares de turistas na
fronteira e ajuda a população já que toda renda adquirida é doada
para instituições beneficentes, todo mundo também já sabe! Sendo
assim, não há do que se reclamar, já que todo mundo sai
satisfeito, será mesmo? Vejamos.
Nesta
semana, a organização do evento através de seu representante
maior, o presidente do Renegados Motoclube, declarou que o evento
teve uma baixa significativa de público. E ainda estariam avaliando
a viabilidade de um próximo evento para o ano que vem, já que
conforme declaração, faltou apoio da comunidade local tanto por
parte dos comerciantes, como dos moradores da fronteira, esta é a
parte da organização, mas o público não compareceu porque?
Simplesmente porque queriam ficar na avenida?
Na
contra-partida desses fatos, surge a voz do povo, e como já disse o
poeta, a voz do povo é a voz de Deus. Vale a pena destacar, que eu
sou um espectador assíduo do evento, e colaboro com o mesmo, a dez
anos, me apresentando em todas as edições, seja a convite da
organização, ou de algum moto clube presente no evento, portanto
não tenho porque, nem estou falando mal do evento, ao qual gosto
bastante, e muito menos dos organizadores aos quais tem meu respeito
e minha consideração, por serem homens idoneos e que prestam um
relevante serviço para a população. Sendo assim, apenas acredito
que há duas faces da moeda, e se o público não se fez presente
como nos outros anos, algum motivo diferenciado ocorreu e precisamos
destacar para que a fronteira não perca este importante evento.
Minha
formação acadêmica, não me permite embassar convicções apenas
em “achismo”, sendo assim antes, durante e após o evento me
atentei aos comentários em geral dos espectadores considerados
potênciais, ou seja, os moradores da fronteira. Acontece que, por
ser uma edição especial da festa, a 10ª edição, a organização
queria fazer algo maior e diferente, com dois grandes shows, um na
sexta e outro no sábado. Diante disto, uma afirmação é essencial,
cresce o evento, crescem os custos e esses custos devem ser
repassados. Começando então a grande questão a ser debatida, o
preço. Neste caso a organização aderiu o que em “economês”
chama, preço de produtos em fase de crescimento. Segundo Cobra, um
dos maiores estudiosos do marketing no Brasil, o crescimento de um
produto no mercado vai depender de sua política de preços. À
medida que a aceitação do produto aumenta, o preço vai sendo
ajustado, de inicialmente um preço de penetração, para um preço
que cubra os custos e o capital envolvido e ainda proporcione uma
margem de lucros inicial pequena. Sendo assim, como seria a 10ª
edição , de um evento consolidado na fronteira , não teriam
problemas em aumentarem os preços. Mas, não foi bem assim, muitas
pessoas deixaram de ir até o parque devido ao preço elevado, não
somente da entrada, mas também pelo preço abusivo dos produtos
dentro do parque de exposição. Diante disso, o povo que em sua
maioria não é elite e sim assalariado, preferiu economizar, ou
simplesmente, não teve condições de prestigiar o evento.
Outra
questão a ser repensada, são os shows principais, que não foram de
agrado da população desde seu anúncio no início do ano. Nada
contra as bandas, mas repetir uma banda que já esteve por aqui em
outra edição do evento e trazer uma banda de pouquissíma expressão
na atualidade, foi um tiro no pé, de quem queria inovar e fazer algo
diferente. Uma sugestão bastante válida, nesse quesito, seria uma
pesquisa voltada ao público, sobre as atrações que mais gostariam
de assistir, pois acredito que isto fica a cargo de poucas pessoas,
quando é o povo que deveria escolher, já que o evento é para toda
a população.
Entre
outros aspectos da variavel “preço”, quem poderia pagar menos,
ou melhor a metade, que são os estudantes por direito, mais uma vez
sofreram um descaso imenso, com uma burocrácia descomunal para
adquirir a meia entrada, um direito adquirido de todos os estudantes
brasileiros. Além de enfrentar uma única e imensa fila para comprar
a meia entrada, era necessário estar com a carteira de identidade em
mãos, juntamente com a carteirinha de estudante, para que ambas
fossem fotocopiadas e só depois poderiam ser vendidas as entradas
destinadas aos estudantes. Não faço idéia o porque de todo esse
procedimento, uma vez que a apresentação do documento comprobatório
do estudante deve ser cobrado apenas no seu ingresso ao evento, e
este documento comprobatório não necessariamente precisa ser a
carteira do estudante, mas qualquer documento que prove que o aluno
está devidamente matrículado, ou seja, um boletim, um carnê de
pagamento, uma carterinha da instituição de ensino, um comprovante
de matrícula, todos esses documentos são legalmente aceitos, ou
deveriam ser, para o direito da meia entrada, não consigo enteder o
porque dificultar tanto para a comunidade estudantil, até por que
quanto mais pessoas, maior a arrecadação e nem todo mundo é
estudante, sendo que uma pessoa leva a outra. Não sei também se
isto se dá pelo descredito que a UPEr tem em nossa cidade, mesmo
assim, não se pode penalizar toda uma comunidade estudantil, por uma
instituição sem credibilidade.
Entre
prós e contras, vale analisar também que se querem o “povão”
no parque, é necessário que os preços sejam para a comunidade,
preços populares, só assim pode-se cobrar a participação da
comunidade , pois nenhum pai de familia vai deixar de pagar suas
contas, ou deixar de garantir suas necessidades básicas para ir ao
Motorcycle, e acredite se quiser a maioria esmagadora povo ainda é
pobre, e antes de pensar em se divertir, pensam em suas primeiras
necessidades. Fica a pergunta que não quer calar, será mesmo que o
declínio do Motorcycle este ano, se deu pelo preço ou pelo povo?
De
qualquer maneira, torço para que o evento volte a ser o sucesso que
sempre foi e principalmente, um evento para toda comunidade
fronteiriça, sem distinção de classes sociais.
João
Caetano - Músico/Compositor,
líder
da banda Surfistas de Trem,
Economista
e colaborador do JR.
Comente,
critique, opine !!!
Não
se cale, pois quem cala consente.
E-mail:
surfdetrem@yahoo.com.br
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
Surfistas de Trem - Para Melhorar
Surfistas de Trem
Para Melhorar
De: João Caetano
Ao vivo no Estúdio 104
Campo Grande- MS
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
Que nuvem fétida é esta ?
A
aproximadamente uma semana Ponta Porã passa por um fato um tanto
quanto estranho , talvez nunca vivenciado na fronteira.
Um
cheiro extremamente fétido, pairando por toda a cidade tem intrigado
a população, muitas vezes deixando um certo constrangimento por não
se descobrir de onde estaria sendo exalado tamanho fedor.
Basta
a noite cair para que o mau cheiro tome conta de toda cidade, criando
um fato engraçado, onde as pessoas começam a procurar
desesperadamente a origem do fedor. Nesta semana, pude presenciar uma
série de acusações devido ao mau cheiro, olhar para a sola do
sapato estava virando rotina, quando a noite começava a cair.
O
mais intrigante é que diferentes pessoas comentavam sobre o mau
cheiro, porém não relacionavam isto entre si. Na segunda-feira
(13/08), postei em minha página do facebook, perguntando se outras
pessoas também estavam intrigadas com isto, se estavam percebendo, a
resposta positiva veio em segundos. Uma série pessoas começaram a
perceber que tal fato não era algo isolado e que era sim um problema
geral em toda cidade.
Na
realidade não vi nenhuma autoridade falando a respeito disto,
nenhuma resposta ou mensagem foi enviada a população, explicando o
que de fato estaria acontecendo.
Pelo
que pude colher entre os amigos do facebook, portanto nada formal ou
oficial, alguns diziam que o mau cheiro estaria vindo da fecularia de
mandioca, instalada na saída da cidade, e a baixa umidade relativa
do ar estaria sendo auxiliadora para que a podridão tomasse conta da
cidade. Alguns mais engraçadinhos diziam que o mau cheiro era
oriundo da fase eleitoral que vivemos!!! Brincadeiras a parte, seria
interessante que se averiguassem com exatidão o por que, e realmente
da onde estaria vindo o mau cheiro. Pois se realmente estiver vindo
de alguma industria, é necessário que algo relacionado ao meio
ambiente seja feito, pois ninguém quer morar em uma cidade que
cheira a latrina, além da propaganda negativa que nossos turistas
estariam levando daqui. Não creio que este é o preço que devemos
pagar pelo desenvolvimento, ainda mais em uma época em que a
sustentabilidade é palavra-chave em todos os debates
desenvolvimentistas.
João
Caetano - Músico/Compositor,
Conselheiro
municipal de cultura,
líder
da banda Surfistas de Trem,
Economista
e colaborador do JR.
Comente,
critique, opine !!!
Não
se cale, pois quem cala consente.
E-mail:
surfdetrem@yahoo.com.br
sexta-feira, 3 de agosto de 2012
A propaganda política nas redes sociais, um debate a ser feito.
Foi dada a largada para a
corrida das eleições municipais, em nossa cidade, os candidatos
pouco a pouco começam a mostrar suas caras estampadas em outdoors,
carros, bandeiras, “santinhos” e agora também nas redes sociais,
algo que não se via na últimas eleições.
Com esta mudança,
totalmente compreensível, pois faz parte de uma evolução normal
que estamos passando com a era digital e tecnológica, algumas
pessoas tem questionado sobre a propaganda política nas redes
sociais.
Primeiramente vale
ressaltar que a propaganda política nas redes, é legal, desde que
tenha sido realizada a partir do dia 05 de junho. Mesmo assim, o que
tenho visto no face book, principalmente aqui na fronteira é uma
indignação e repulsa a esta prática.
Alguns internautas,
reclamam da poluição visual que gera na rede, tendo em vista o
grande número de candidatos que compartilham suas fotos e jingles
incansavelmente na tentativa de convencer algum eleitorado. O que se
analisa por parte dos candidatos por sua vez, é que muitos deles tem
utilizado a rede de forma errônea, apenas como uma mera ferramenta
de exposição de sua figura, uma publicidade barata e sem conteúdo,
que muitas vezes pode ter um efeito contrário, e ao invés de
cativar o eleitorado, acaba irritando-o.
Entre questionamentos e
indignação a falta de um bom conteúdo, é um dos motivos que tem
gerado revolta dos internautas. A população mais confusa do que
nunca, pelo acumulo e velocidade de informações que se tem
disposição, acaba por não perceber que uma grande mudança pode
ser feita no campo político, caso se utilize as redes sociais com um
fim educativo e de registro.
O que acontece
atualmente, é que o povo ficou sabido de uma hora pra outra, leem um
“jornaleco” aqui, um site acolá, veem mais uma meia dúzia de
besteiras na televisão e pronto, estão aptos para falar de qualquer
assunto, e isto, reflete diretamente no despreparo de muitos muitos
candidatos, que não fazem a miníma ideia do que é a politica.
Vejamos, em outros tempos as eleições eram do corpo a corpo, do
candidato populista, que abraçava e beijava todo mundo, prometia uma
centena de coisas em época de eleição e depois de eleito sumia. E
isso sempre acontecia! Ou ainda acontece? Talvez. Como podemos mudar
isto? Além de analisar o currículo vitae do candidato, saber suas
origens e intenções, é necessário que se registre suas ideias e
promessas. E quer melhor maneira do que tendo o contato direto, dos
candidatos? Poder falar e cobrar diretamente a pessoa ou seu assessor
e melhor do que isto, com várias pessoas de prova, e muitas vezes
fazendo as mesmas revindicações. Pois é, as redes sociais tem este
poder. Basta você querer enxergar.
A revolta de muitos
eleitores que utilizam a rede, principalmente o facebook, é que a
publicidade contínua, não somente a de campanha eleitoral, mas nos
mais variados aspectos, polui por deixar um conteúdo repetitivo, o
que outrora fez quase que extinguir outra rede social, o orkut.
A
realidade é que se o conteúdo da publicidade não tiver um
contexto, uma boa ideia, ela polui qualquer coisa. Para
o Tribunal Superior Eleitoral,
“entende-se
como ato de propaganda eleitoral aquele que leva ao conhecimento
geral, ainda que de forma dissimulada, a candidatura, mesmo que
apenas postulada, a ação política que se pretende desenvolver ou
razões que induzam a concluir que o beneficiário é o mais apto ao
exercício de função pública. Sem tais características, poderá
haver mera promoção pessoal, apta, em determinadas circunstâncias
a configurar abuso de poder econômico, mas não propaganda
eleitoral”. Ou seja, qualquer forma de se auto promover.
Com
toda essa facilidade de aparecer, os candidatos tem dado um tiro no
pé. Uma vez que adequam o velho estilo de fazer política a
novidade de divulgação. O povo não quer ver de meia em meia hora,
uma foto do candidato com um time de futebol, com uma família
carente, em uma região inóspita da cidade. A visão política da
sociedade está deturbada, e com toda razão, política virou
sinônimo de farra com dinheiro público, corrupção, e os atos mais
inimagináveis para, “lograr o povo”, como dizia meu avô.
Porém
esta fatia de revoltosos com a propaganda eleitoral nas redes é
apenas uma parte dos que criticam tal feito. Existem também os
apoliticos, que simplesmente não querem a propaganda por não gostar
de politica, ou não acreditar em mudanças. Para estes, vai o meu
lamento. Grande parte desses internautas, são de classes sociais
altas, pseudos pensadores punks, que somente criticam sem se quer
oferecer nenhuma solução, ou ainda quando tentam expor alguma,
esbarram em ideais utópicas de anarquismo. Ainda temos também
aqueles que dizem, eu não estou nem pra politica, isso num me ajuda
em nada, num muda nada, nestes casos temos o analfabeto político.
Bertolt Brecht, dramaturgo e pensador alemão brilhantemente define o analfabeto político como o pior de todos os analfabetos, “pois ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais”.
Entre
estes e outros questionamentos, vale atentar a alienação da
população, pois não querem discutir e debater o seu próprio
futuro nas redes sociais, mas adoram compartilhar os hits das
Empreguetes, gerar brigas por causa de times de futebol e acompanhar
a vida das celebridades, tudo isto é válido nas redes, mas política
não. Vai entender, né!
João
Caetano - Músico/Compositor,
Conselheiro
municipal de cultura,
líder
da banda Surfistas de Trem,
Economista
e colaborador do JR.
Comente,
critique, opine !!!
Não
se cale, pois quem cala consente.
E-mail:
surfdetrem@yahoo.com.br
Assinar:
Postagens (Atom)