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Zen surf de trem é um blog/coluna, que aborda de maneira jovial e sem compromisso, a realidade de um lugar diferente, os pensamentos de um sonhador e as informações de uma banda que luta em busca divulgar o seu som e sua ideologia . Um blog onde o debate é a palavra de ordem, do social a ufologia, sempre respeitando a opinião do próximo. Publicado em diversos jornais e sites do Mato Grosso do Sul.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

1º Luau Cultural Sem Fronteiras, a arte e cultura fronteiriça para nossa sociedade.


     Salve Salve Povo dos Hervais! Que nossa querida fronteira infelizmente ainda figura com certa frequência nas páginas policiais da mídia isto é fato. Porém nossa sociedade não merece tal fato, pois afinal a grande maioria do povo fronteiriço é sim um povo hospitaleiro e de bons modos. Ainda que alguns insistam em viver de uma pseudo aparência elitista, como em qualquer lugar do planeta. 
 
      Nossa terra para muitos pragmáticos, é uma terra de bandidos e criminalidade extrema, porém a todos que tem este pensamento é necessário atentar-se, que cada um de nós somos indivíduos desta sociedade, e enquanto estivermos somente criticando tais fatos, sempre estaremos querendo ou não, incluídos neste meio. É preciso exaltar o que temos de melhor. E com toda a certeza, a cultura é o maior diferencial de nossa terra.

      No passado a música fronteiriça foi a grande influenciadora para a música sertaneja brasileira de raiz, através da polca e chamamé argentino, deu-se origem ao rasqueado, assim originando as primeiras canções sertanejas de nosso país. E por que isto só aconteceu no passado e hoje ao invés de exaltar toda nossa miscigenação cultural ainda procuramos falar de nossa terra sobre a ótica pejorativa da violência e criminalidade? 
 
      Diante dessas e outras questões um grupo ativo de menos de 10 pessoas, denominado como o Conselho Municipal de Cultura começou a fazer a diferença. 
 
      No último dia 18, sexta-feira, uma mobilização jamais vista em nossa cidade tomou conta da deteriorada praça Pedro Manvailler, para conhecer e compreender tudo o que nossa fronteira tem de melhor em sua área de arte e cultura. 
 
      Intitulado como Luau Cultural Sem Fronteiras o singelo, porém inovador evento, reuniu centenas de pessoas em um espaço esquecido e completamente deteriorado, mostrando que nossa sociedade está mais do que saturada com a ausência de eventos simples , mas voltados exclusivamente para a população fronteiriça. Pessoas de todas as idades, credos e classes sociais se uniram a representantes de diferentes segmentos da arte e cultura da fronteira e abraçaram literalmente a ideia de exaltarmos a cultura. Muitas das pessoas que estavam no local, principalmente os mais jovens, jamais tiveram a oportunidade de sentar em um banco de praça para assistirem, ou simplesmente ouvirem os movimentos culturais de sua cidade. Uma pessoa que não conhece a cultura do próprio local onde reside, é uma pessoa sem história, sem bases ideológicas e muito facilmente influenciada. A socialização é peça fundamental para criar-se um indivíduo melhor, e naquele dia o que realmente houve foi a socialização mutua e com respeito entre todas as pessoas, que puderam apreciar a arte moderna da fronteira. 
 
      Música, literatura, dança, capoeira, artesanato e teatro, em uma união jamais vista. A música ficou por conta do chamado segmento da Moderna Música da Fronteira, e contou com as bandas Tokomadera, Surfistas de Trem e X-Drive. Nas danças, o grupo de Street Dance da FUNCESPP, Academia Mexa-se e Escola de Dança Mappe. Na literatura, obras de nossa fronteira foram expostas, e a presença de membros da academia pontaporanense de letras, além da inovadora ideia da permuta de livros e revistas, onde pode-se trocar livros e revistas usados entre os participantes do evento. A capoeira foi representada pelo Grupo Gingart e o artesanato pelo grupo Amigos da Arte. A Oficina de Atores, levou a alegria para o publico em geral com imitações dos sombras, além de interagir com as bandas que se apresentaram. Uma noite mágica, de pura harmonia e alegria. 
 
     O evento além de levar a arte e cultura para a população, teve em seu contexto a necessidade de revitalização do espaço hoje abandonado, da praça Pedro Manvailler, que com a saída das lanchonetes ficará totalmente ocioso , correndo risco de ser ocupado por usuários de drogas e desabrigados.

      Um pequeno passo sim, para o que o Conselho Municipal de Cultura quer fomentar, mas um grande passo a esta nova fase de exaltação de nossa cultura. 
 
      Um agradecimento a todas as pessoas que apoiaram de forma pacifica o projeto e se fizeram presente ao local. Além de um agradecimento, especial ao Conselho Municipal de Cultura, FUNCESPP, Prefeitura Municipal e todos os representantes da arte e da cultura que gratuitamente levaram sua arte para a praça e para o povo. 
 
      Em breve teremos mais novidades neste mesmo sentido, aguardem !!!


João Caetano - Músico/Compositor,
Conselheiro municipal de cultura,
, líder da banda Surfistas de Trem,
Economista e colaborador do JR.

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